jeudi 31 janvier 2008

anti-virtual

estoura os meus ouvidos,
meu bem.
baixinho...
te escuto.
estoura os meus ouvidos,
meu bem.
e fica comigo até amanhã de manhã.

vendredi 25 janvier 2008

"Segurei as rédeas do meu espírito..."Descarte - Discurso do Método


Resposta ao crítico de cinema, Carlos Alberto Mattos do jornal O Globo. Mattos escreveu uma pequena nota sobre o excelente filme 4 meses, 3 semanas e 2 dias do cineasta romeno Christian Mungiu. Nessa notinha que saiu hoje no caderno Rio Show, o crítico elogiava o filme e o famoso bonequinho que se levanta ou dorme na cadeira, representando quantas estrelas o filme ganharia, está aplaudindo de pé. Não tenho dúvidas que Mattos gostou do filme, até porque, teria como não gostar? Há muito tempo não via no cinema uma obra de arte cinematográfica desse nível, onde todos os artifícios do cinema foram posto ao seu favor com um olhar estético muito bem apurado. A minha crítica à Mattos é com o título- pergunta da sua nota, Um libelo antiaborto? E a pouca informação sobre o tema do filme explorada por ele em sua nota. Um título tão forte merecia maiores explicações, principalmente se foi escrito num jornal de direita católico, lido por leitores histéricos. E daí, eu acho até sacanegem com o filme, que vai além da questão abortar ou não? Pecado ou não? "4 meses, 3 semanas e 2 dias" se passa na década de 80, numa Romenia liderada pelo ditador Nicolau Ceaucescu. Nicolau proibiu o uso de todos os métodos anticoncepcionais e o aborto, que até então era legalizado na Romenia, para incentivar o nascimento de crianças, fazia parte da política de longo prazo do ditador, que pretendia aumentar o número da trabalhadores no país. É nesse contexto histórico, onde tudo era proibido e vendido ou comprado no mercado negro, até mesmo um maço de cigarros, que duas amigas universitárias vindas do interior e cheias de sonhos se ajudarão na tentativa de fazer um aborto ilegal. O que está em jogo no filme é a LIBERDADE. Imagina viver num país onde a mulher é obrigada a ficar procriando e consequentemente é obrigada a deixar pra trás sua independência. Porque uma coisa não tem como negar, a maternidade é linda, caso vinda na hora em que queremos e quando queremos e podemos financeiramente. Assumir que a maternidade é uma das causas de problemas sociais sérios, principalmete nos países subdesenvlovidos, não levará ninguem para fogueira. É fato, pena não enxergamos isso com menos hipocrisia e medo. É interessante assistir num filme que se passa em 1986 as duas amigas que lutam pela sua liberdade e que pretendem dar segmento a uma vida independente, que sabem que ter um filho naquele momento colocaria tudo a perder para elas. E hoje? Parece que as meninas não têm esse medo, ou que não têm nada a perder. Esse pensamento feminista e slogam do Planejamento Familiar http://www.planning-familial.org francês, "La liberté prend corps" parece ter dixado de existir no atual século.Parece que regredimos no tempo, que estamos aí, isso mesmo, para procriar, assim como na idade média, e que seja o mais jovem o possível, tipo com 12 ou 15 anos. E daí, vem esse filme despretensioso, feito com pouca grana, denso sentimentalmente e bonito. Um filme que não é um libelo antiborto,- respondida a pergunta Mattos, mas sim um libelo a liberdade. Onde a liberdade ganha corpo. Onde duas jovens mesmo sem a liberdade de escolha driblam o próprio destino e as leis do estado para seguirem com sua vida do jeito e como elas querem. Quase uma tragédia grega na contemporaneidade.

mercredi 23 janvier 2008

Um bem ou um mal?


Uma síndrome ou um estilo? A juventude é eterna? Yess Yess Yess

mercredi 9 janvier 2008

Tudo passa menos o amor

Tudo passa. Todos os anos os dias se repetem e termina o ciclo natural de 365 dias com muita champagne. Claro que essa é a melhor parte.

Enfim, estou em Buenos Aires, uma cidade de neon e que cheira a velho, naftalina. BA é bonita e dramática. Acho que é a cidade mais inspiradora dramáticamente que conheci.

Como de hábito estamos curtindo a cidade a nossa maneira, jornais no café, café em livrarias geladinhas porque o calor aqui é infernal e muito cinema para matar as noites que não são regadas ao bom vinho argentino. Segunda- feira assisti o excelente filme romeno 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias. Incrivelmente bom!Um cinema prova de que não precisa ter muita grana pra fazer cinema, nem de muitos efeitos ou histórias de terror e violência para gerar tensão. As atrizes estão excelentes, a cor e fotografia perfeitos e o roteiro é simples. Aí entrou o trabalho de um diretor que sabia muito bem a história que queria contar e sabia como contaria. Conclusão: o cinema é feito de história, um bom cinema ou dá total não história.

Esse título maluco do post tem a ver com uma frase de um escritor mexicano. Depois eu conto.