dimanche 27 avril 2008

Quando o carioca inveja o paulista

Ontem o dia se levantou cheio de sol, um céu azul bem claro e um calor ameno. Imagino que as praias tenham ficado lotadas. Eu preferi dormir e depois enfrentar uma fila no municipal para comprar entradas para Cruel da Colker.Pois é, eu sou assim, adoro dança. Depois fui ao CCBB assistir Não sobre o amor,a peça. Bem, bom......
E no domingo o sol se levantou mais uma vez inspirado, e hoje temos um domingo clássicamente carioca, sol, cerveja e jogo no maracanã, FlamengoxBotafogo. Bom, mais uma vez acordei tarde e segui a minha rotina. Não me interesso por futebol. Até que navegando na net descubro a progamação da Virada Cultural, muita coisa boa,gratuita por aí na rua. Nessa hora invejei profundamete os paulistas. Bom, bem.... mas não posso fazer nada, continuo na rotina e aproveitarei a noite no cinema.

vendredi 25 avril 2008

Isso tudo só para dizer

Hoje é sexta-feira, hoje ficarei em casa, assistirei uns filminhos. Enquanto navego na net a minha televisão estoura, tá rolando um desses filmes de ação. Acabei de perceber o que é um filme de ação. Uma gritaria, um barulho desnecessário. Realmente descartável aos olhos.

jeudi 24 avril 2008

Frases soltas, versos guardados, inpirações ao léu

A brisa passa e com ela o teu cheiro vem.

Quanto vale o silêncio, a solidão.

Dor maior de só sentir o teu cheiro.

No ar, mon amour,

No ar, mon amour,

Inesquecível seria se tu com a brisa viesse,

em carne, cheiro e olhar.

dimanche 20 avril 2008

Sobre perros y libros

Os cachorrros nao pensam,
como seria bom ser um cachorro
Os livros, ficcao de uma conspiracao divina contra a monotonia
contra a dura realidade aparentemente sem cor
nao sao a redencao
Cachorros nao pensam
Deixe os cachorros livres, por ai
E va,enquanto tiene ganas
Se va

lundi 14 avril 2008

Se o riso me salvasse
Eu riria até o fim
Se o choro me afogasse
Eu me deixaria afundar
Nunca trocarei uma imagem vermelha
Por uma branca

dimanche 6 avril 2008

‘Nuestra mejor película es aquella en la que logramos expresar al mismo tiempo, voluntariamente o no, nuestras ideas sobre la vida y sobre el cine" François Truffaut

vendredi 4 avril 2008

Quando o corpo arde e a alma grita

Eu queria muito escrever sobre o filme Cão sem Dono do Beto Brant e Renato Ciasca, até comecei. Além de ser um filme lindo, a cena da Marcela, para quem assistiu o filme sabe do que estou falando, com febre deitada na cama, não sai da minha cabeça. Foi a maneira que encontrei para tornar a minha enfermidade mais interessante, glamourosa. Também é o princípio para entender o delírio febril. Não dá para ter equilíbrio ou escrever com febre. Dá para no máximo fazer associações alucinógenas de imagens que vagueiam pelo teu espírito. Além da febre, o céu nublado e a chuvinha fina contribuem para o estado poético. Mas vale tentar ser forte. Tentar organizar as idéias num texto é um bom começo para se livrar da inquietude causada pelo delírio. Mas é difícil, uma vez tomado por essas sensações, se livrar delas pelo meio racional é quase impossível. O jeito é pensar num poema, afastar as associações mais complicadas, como a que eu pretendia fazer ao escrever sobre o filme e se entregar ao fluxo desconexo e quente da alma no corpo com febre.

Mas voltando ao filme, a minha indagação era, o que faz um filme ser bom? Eu acredito que seja a sensação que ele te faz sentir ao vê-lo e que ficará com você por um tempo. Seria o filme vivo. Esses filmes que passam a te acompanhar e que tornam a sua vida um pouco mais interessante.
Cão sem dono é um filme que perturba. Perturba pela inação do personagem principal, Ciro, o jovem formado em letras, tradutor de russo e que tá passando por um momento difícil de incertezas. Essa inação é meio que abalada quando Ciro conhece Marcela, uma jovem modelo cheia de sonhos e disposta a realizá-los. Marcela é o contraponto na vida sem rumo de Ciro, ela não representa para ele só o amor ou a possibilidade de crer em sonhos. Ela representa o desequilíbrio e a ruptura com o conforto de ser sozinho e de não agir.
Se a inação é pertubadora, porque em tempos modernos estamos acostumados com muito movimento, muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. O espectador fica mais perturbado quando Ciro escrevendo, na tentativa de romper com a sua inação,escreve:
"eu preciso de um coração descompassado e sem melodia". Por que pertubador se essa frase só expressa a vontade de se apaixonar. Para a maioria das pessoas o melhor é que a paixão seja dosada, compassada, sem muitos sobressaltos. Para Ciro não, o personagem inativo finalmente encontra uma inspiração e com a singularidade de sua personalidade deseja o que é mais instável. E são esses dois contrastes, a inação e as emoções a flor da pele que fazem de Cão sem dono, um filme febril e muito sincero. Perfeito para dias nublados.

mercredi 2 avril 2008

A minha garganta arde
O meu corpo está febril
E meu único consolo são algumas gotas de novalgina
Os meus olhos estão vermelhos de chorar de dor
Estava tão bem e agora meu corpo desvanece
Me sinto mais humana ao mesmo tempo que temo a morte e a dengue

mardi 1 avril 2008

Depois de Bom dia, tristeza

Se estivesse numa casa a beira mar. Num lugar isolado e tivesse um quarto com uma vitrola, livros e cigarros. Eu escreveria:

Não são todos os dias que o sol está tão quente
E a água nem tão fria
Para que eu me atire no mar
sem pudor e cheia de paixão

Talvez eu me chamasse Cécile.