vendredi 14 décembre 2007

vendredi 7 décembre 2007

A boa da tarde

Enquanto esperava a minha vez de usar o computador e terminar o convite que estou fazendo para a festa da revista na semana que vem.... Assiti o filme Paris je t`aime! Lindo, lindo, lindo. São vários curtinhas dedicados à diferentes bairros da cidade luz. Um deles foi realizado por Walter Sales e Daniela Thomas. Infelizmente o curta do brasileiro é o menos interessante. Ele preferiu falar da rotina de uma imigrante colombiana que sai todas as manhãs para trabalhar como babá e para isso precisa deixar o filho pequeno numa creche. E daí? Qual é o problema? Ela pega trem lotado... A minha estadia em Paris serviu para ver, confirmar e saber que meios de transportes lotados são comum em todas as grandes cidades. Todo mundo enfrenta esse mal. Em Paris todo mundo utiliza o metrô, do executivo ao padeiro. Acho que poderia ter sido mais interessante se ele tivesse falado do problema da gravidez impensada própria dos países pobres. Enfim, por último, foi hipócrita da parte dele falar sobre "o lado ruim de Paris", os dos imigrantes que diga-se de passagem adoram estar lá, porque com certeza o que seduz Sales em Paris não são os problemas políticos da cidade, né? Talvez... Mas prefiro e fico com todos os outros curtinhas, todos super bem feitos e emocionantes. Assista, posso arriscar em dizer que esse foi um dos melhores filmes que vi nesse ano, perdendo somente para A vida dos outros, em cartaz agora no Brasil.

mardi 4 décembre 2007

P.O.E.S.I.A

Era para ser outra coisa. Mas os pensamentos se engalfinharam como cachorros de gangs diversas. Senão, uma coisa permaneceu intacta e sólida na minha mente:

"And I eat men like air" Sylvia Plath

*Li esse verso do poema Lady Lazarus no blog do Miguel do Rosário

samedi 24 novembre 2007

A morte de Sardanaplaus - Delacroix

Clicquot à l`extrême

Os passos da escada
confundem-se aos meus.
Agora somos o chão e eu.
A rua parece tão mais infinita
muito mais que ontem.
Os pés sujos acertam
cegos os teus lençóis.

vendredi 16 novembre 2007

E Roma só foi possível....




Doppo molto lavorare in Firenze!

Roma!



Passado - Presente - Futuro


O ano passou como um cometa. Na terça que vem eu ficarei mais velhinha. Vai rolar uma festa na casa de um amigo. Essa será a minha primeira grande festa com direito a prosecco e bolo.

No mais ficam as lembranças do ano que tá quase terminando. Paris, belle toujours!

samedi 10 novembre 2007

Você meu bem

Você meu bem,
passáro livre.
Que está sempre distante,
além mar.
Você meu bem,
me viaja nos teus beijos,
únicos.
Cinema pouco é bobagem
para essa história,
Paris, NY, Riô.
Você meu bem,
put me the blame.
Você meu bem,
The last tango in Paris,
Os nossos últimos beijos,
nunca existirão!

jeudi 8 novembre 2007

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~~~~~~~~~~~~~~~~Querer gritar sem muito dizer. Esconder, tudo vive escondido porque sou uma minhoca. Uma minhoca bonitinha e esperta. As vezes quero subir e passear por aí. Mas fazer isso é difícil. O melhor é continuar subterrânea.

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mercredi 17 octobre 2007

Por aí

Preciso deixar de ser consumista. Dois pares de sapato, dois vestidos, um short, uma blusa. Queria escrever mais. Os pensamentos vem e vão. No momento penso comercialmente, preciso colocar meu grande projeto na rua. Quero melhorar a linha editorial da revista. Gostaria de fazer muito mais. Mas o mais importante agora é estudar. Preciso ler, retomar a leitura. Terminar alguns livros e achar um que me arrebate. Ando um pouco vazia de alma. Senão fosse o cinema... Ainda sim estou assistindo muita porcaria. Acho que preciso voltar a estudar filosofia. Voltar a ser mais seletiva. Há um tempo penso na mídia, será que é realmente necessário ser tão superficial? Vejo a TPM ou Vogue RG, elas poderiam realmente ser bem melhor. A Vogue Rg poderia ser resumida numa revista de fofoca e a TPM qual é a linha editorial? Não entendo. Uma revista que poderia ter um bom conteúdo e se resume ao que está na out mídia in. É nisso que eu tenho pensado.

mercredi 10 octobre 2007

A casa sem você é vazia.
E tudo parece muito chato.
Não posso encher o teu saco
E nem te pedir coisas,
quase tudo, água, café...

mardi 11 septembre 2007

N O S T A L G I A
Rever e pensar como existiu. Nunca estarei lá. Se fechar os olhos e depois de algumas doses, sozinha, talvez chegarei nesse universo paralelo que consome a realidade e não me leva à lugar algum.´Quero estar aí.
Olha e desvia o teu desprezo. o poder não é o mundo. inocente sou eu. e a voz tomou a minha cabeça. um pensamento sem cor. solto no mundo.Liberdade. é fumar um cigarro depois do outro.

sinnerman

Estoura os meus ouvidos, baby. o teu gemido sem sexo no ar. é a minha vontade de fazer. os pontos finais são só as pausas dessa música velha. ainda nova pra mim. o vinho não pode acabar. até porque os meus lábios ainda não estão totalmente roxos.

vendredi 17 août 2007

Nada a temer:"Cansei" é o jeito Regina Duarte de encarar o mundo

Extraído da excelente revista NovaE http://www.novae.inf.br

Cartas dos Arrais, por Manoel Fernandes Neto

Não devemos mais temer, o movimento Cansei, enfim, disse a que veio. Hebe Camargo, Ana Maria Braga e Regina Duarte representam um mundo velho sem conexão com a realidade em rede. E por isso é o fim. Reputação. A palavra chave.

É o fim do movimento, também, porque qualquer ação desta natureza requer uma coesão forte o que os cansados não conseguem nem entre seus pares. Não há movimento que resista ao oportunismo. Oportunismo que não mediu esforços em vampirizar a dor de famílias que sofriam perdas. Oportunismo que ainda acha que basta estar em um meio de comunicação de massa para exercer algum tipo de liderança e influência. A massa passou do ponto. O que conta são os micromercados. As comunidades. O ponto a ponto.

Quem não tem um mínimo de auto-crítica pra perceber o que a ótima atriz Regina Duarte representa no pensamento de uma nação que transforma não está capacitado para organizar qualquer tipo de movimento. Grande ou pequeno. De elite ou do povo.

O "Cansei" foi derrotado pelo jeito Regina Duarte de encarar o mundo:

A serviço do João Dória
Fazendo escola no movimento dos cansados.

Agora eu cansei

Eu quase não leio política. Calhou de as duas da manhã eu estar navegando na internet e ler sobre o movimento Cansei.

AGORA QUEM CANSOU FUI EU. Eu sou pobre mas bem informada. Não estou sentindo no bolso e não estou vendo por aí sinais dessa tal crise brasileira que essa galera RICA anda exaltando por aí. Talvez esse movimento entre pra história como o movimento mais ridículo do novo século. Um bando de rico que vive em outro planeta. Porque com certeza nos dias deles não existem problemas.

Eu é que Cansei. Nunca me liguei nessa gente. Acho a Regina Duarte um saco, a Hebe e a Brega idem. E A IVETE é o Travesti que não deu certo.

Desculpe, mas eu quero realmente ofender essa gente ridicula. Numa revolução francesa eles perderiam as cabeças.

Ivete, aproveita pra calar a tua boca e as tuas músicas merdas. E mostra logo que tu tem é um peru entre as pernas e vai pra outro mundo. CANSEI de TI. Vai rolar a tua cabeça. Bicho feio. Por que ela me incomoda? Porque de todas as outras merdas citadas acima quase nem lembro da existencia delas. Nunca assisto tv. Mas a porra dessa cantora está sempre tocando por aí, no vizinho, na rua. Então, é ela que preciso combater.

Crime perfeito

A primeira vez que ele me disse, Gorda. Fiquei puta. Parei de comer doces e pão. Estava fraca, vivia enjoada. Há quatro meses não trasávamos. No trabalho uma mulher me irritava, meu cabelo estava caindo por causa de uma escova progressiva de oitenta reais. Foi muito barata, fiz num salão vagabundo com um travesti. Minha cabeça ardeu e o cabelo nos quatros primeiro dias ficou lindo mas depois começou a sair no pente como linha velha de roupa podre. Estava magra demais e cheia de problemas. Minha menstruação atrasou dias, meses e daí comecei a comer loucamente, doces, salgadinhos, macarão e ele me disse, você está ficando gorda. Eu estou grávida! Eu estava grávida e não me toquei. Deixei rolar, tudo deixei rolar, a porra do trabalho, ele, a comida e a menstruação atrasada. Eu não podia ter filhos e por isso quase nunca usava camisinha. Ele era o meu marido, é o meu marido. Por que camisinha? Já não trasávamos. Estava gravida de cinco meses. A barriga ficou pontuda, eu saí fora do trabalho e as coisas se acalmaram. A gravidez deixa a mulher mais serena, filosofava. A gravidez faz um homem amar mais a mulher. A vida perfeita do lar, lavar, comer, cozinhar e ver tv. Hoje, aos oito meses de gravidez me sinto estranha. Estou gorda, muito mais que era pra estar mesmo estando grávida. Ele recebe telefonemas e vai pra cozinha e depois sai. Eu grito puta. Ele me chama de imbecil. Na madrugada de 5 de maio eu apareci morta no chão da sala com a barriga pontuda pra cima. A casa tinha sido revirada. Ele chamou a polícia e chorou muito. A morte redime as pessoas e traz o amor. Filosofei do céu. Morri dormindo, tranquila. Não vi quase nada. Ele chegou junto com o bandido, um provavel imigrante ilegal que queria assaltar a nossa casa. Ele ainda chora, eu estou no purgatório e agora não filosofo sobre nada. Conclui e a policia tambem concluiu que foi ele quem me matou. Na hora em que ele chegou, veio até o quarto, me esfaqueou três vezes no peito. Eu dormia, senti a pontada e vi ele me olhando. Tinha esquecido, no céu você esquece de tudo. Até que você chega no purgatório e se lembra. Espero que na prisão ele assista a barriga dele crescer, um dia antes de morrer, coloquei uma lombriga na comida dele.

* a parti de um fato real. na Italia um marido assassinou a própria mulher grávida e tentou simular que tinha sido um assalto mas uma semana depois foi descoberto.

Balança

o cigarro não mata a fome
a minha barriga me mata no espelho
três, apenas três, seria bom

Uma nuvem cigana leu a minha mão

No caldo do vidro derretido
meus dedos congelados se movem
o ar passa entre
tudo se move
eu corro e fico parada
serena assisto os dedos caírem um a um
o pensar foi
ainda estou aqui
na cozinha fazendo um café

mardi 31 juillet 2007

Paris, je t'aime!


Sao tantantas coisas pra dizer... O sol finalmente resolveu cantar a bela e solitaria Paris. De dia da pra caminhar com o Sol iluminando o rosto. Mas a noite a lua cheia invade o céu toda dona de si e um friinho invernal te espanta da rua. E a cidade é toda da LUA.

Ontem foi um momento especial. Pena que os momentos especiais quase sempre sao estragados, lei da natureza. Ontem eu tive o privilegio de ver pela primeira vez na vida, ao vivo, Basquiat. Muito bom, incrivel. Ele dominava as cores frias e jogava sobre elas nuvens de cores quentes como o laranja e os desenhos parte da obra. Os desenhos infantis ou primitivos. Acho que o que faz a beleza do quadro sao realmente as cores, a harmonia entre as seis diferentes cores. Depois, eu vi tambem pela primeira vez, um Kandisky, um Pollock e pela segunda vez um Francis Bacon, um cara por quem eu tenho me interessado mais e mais. Dia desses sonhei com ele. Vi uma exposiçao de fotografia e la tinha uma foto dele, um homem meio baixo, assim pareceu e gordinho. No sonho , eu falava do quadro dele que vi no Museu do Vaticano. Sonhos....

Super momento de contemplaçao artistica, cheguei um pouco antes das sete e o Museu fechava as nove. O tempo previsto pra ver tudo com o tempo e calma necessarios é com certeza de umas 3 ou 4 horas. Faltando dez minutos pras nove um dos funcionarios começou a expulsar todo mundo de la. Fiquei puta, mesmo. Tava admirando o CHAGAL, meu amor e o cara mandando a gente sair como cachorro. Disse a bientot ao Chagal e caminhei junto com os outros para o corredor central, ali pessoas marchavam em direçao a saida e os funcionarios viam atras formando um cinturao, como aqueles que a policia faz em dias de manifestaçao politica. Eu caminhava na frente do cinturao quando ouvi um funcionario dizer, hoje foi facil, todo mundo saiu rapido. Ainda nao eram nem nove horas. Fiquei mais puta e fiz um pequeno discurso em frances contra a postura do carinha que queria chegar em casa mais cedo as custas dos meu 18 euros, valor de dois ingressos. Desci resmugando em portugues, fui no balcao de informaçao e escrevi uma cartinha de reclamaçao. A bilheteria fica aberta até uma hora antes do Museu fechar e nao deveria porque uma hora nao é tempo suficiente pra ver tudo. Reclamaçoes a parte, curti pra caramba. A primeira vez a gente nunca esquece e vou voltar la pra terminar de ver tudo com paciencia e poder sair de la com um souvenir artistique.

Para terminar bem, o meu blog de poesia ta la, meio sozinho porque minha companheira de poiesis ta de ferias. Mas tem umas poesias ensaios ou tentativas la novos.


Essa poesia eu dedico ao Mario Bortolotto, ao Hotel Lancaster e a poesia do Mario,
"A mim me Gustán las Muchachas Putana"



A man is a boy

A man is a boy

Just a boy

Pessoas ainda seguram o braço

e nao socam e nem beijam

A man is just a boy

Um acido ajudaria

As convençoes escorreriam

A man is just a boy

Uma mulher pura

que nao seja uma puta

is just nothing

dont like a man boy

just desire ao ralo

A man is a boy

mardi 10 juillet 2007

Kiss the world

Ainda nao li toda a Divina Comédia. Apenas tres versos do Inferno dedicados a Florença.

Goze Fiorenza, voce que é tao grande,
que por mar e terra batem tuas asas
mas no inferno teu nome se expande.

Dante foi expulso de Fiorenza, perdeu todas as suas propriedades e virou andarilho por onde os rios europeus o levavam. Foi ai que ele escreveu a Divina Comedia onde ele aproveitou pra se vingar de todos os fiorentinos que lhe fizeram mal.

Talvez se eu tivesse lido Dante antes de vir pra ca, hoje estaria no purgatorio. A bela Fiorenza é como uma mulher de big brother, bonita mas sem conteudo e fofoqueira.

Aqui no meu inferninho real de 40 graus e tedio, burrice e pessoas feias e bregas, vou vivendo sem penalidade a nao ser o proprio exilio e a minima tela 7 polegadas de um dvd portatil.

Mas até nesse inferno sem alcool e rock roll coisas legais acontecem. Meu trabalho apesar de chato pq fico parada sorrindo e atraindo clientes para o restaurante é divertido. Depois de levar o cliente a mesa costumo bater papos em linguas de babel e troco emails e viramos amigos.

Hoje apareceu la um grupo de 18 iranianos estudantes de arquitetura. Foi emocionante, eu me emociono com essas coisas, africanos fugindo da policia, arabes sofrendo racismo. Tinham umas garotas lindas e todos eram super animados queriam bebeeeeeeeeeer uhuhuhuh. Conversei com eles, trocamos email, falei umas palvrinhas que aprendi em Iraniano e eles se apaixonaram por mim. Eram sensiveis. Os musicos que aparecem ali todo dia e noite santa pra tocarem as mesmas musicas ganharam uma grana deles. Uma menina dancou, deixou dez euros pra eles, estava bebada, fechou os olhos e se emocinou. Eu entendi aquela emoçao, alegre de liberdade. No final todos me beijaram e eu me senti beijando o mundo. Kiss the world.

vendredi 6 juillet 2007

The life - Whats the life?


Chorar escutando e assitindo o Elvis Presley cantar Love me tender. Ou Always on my mind.

jeudi 21 juin 2007

Dante e minha vivencia no inferno






Nem tudo esta perdido. Existe frase mais patetica, brega e cliche que essa? Sim. Essa agora é a frase da minha vida, juntamente com, sempre tem uma luz no fim do tunel. Essa luz sera Paris, cliche tb. Sim, mas antes de voltar pra casa preciso dar uma passadinha la pra me sentir reinserida na civilizaçao.

Vida aqui. Nao tem como escrever. Na internet economica que uso as pessoas falam gritando. Sorte existe a radio UOL. Fui passar dois dias em Nice. La assistir Boulevard do Crime, o novo filme do Tarantino. Adorei, pra mim è o melhor filme dele. A luz, os planos, sim, os planos. O pessoal do Cahier du Cinema achou ele economico nos planos e enquadramentos. Eu achei ele perfeito. Nada melhor do que simplicidade e sintese, duas coisas proprias do nosso olhar. Acho que cinema é isso. As imagens sao as naturais ao nosso olhar, o visivel, o que vemos e o que prenche a cena é tudo que imaginamos depois do ver. O cinema visualiza pra gente toda essa imaginaçao louca da nossa pupila oculta. Nao consigo mais. Ta dificil, por isso quero a simplicidade.

Ontem tive bons momentos aqui. Fui a Roma. Roma é bontia, tem monumentos e as ruinas do imperio romano, isso a faz bonita mas atualmente é suja e os serviços nao funcionam. Driblando as dificuldades praticas, os milhares de turistas na rua.Vc sobrevive e viaja, nas ruinas, realmente incrivel, no museu do vaticano. Mas o que mais me fez feliz mesmo, foi a exposiçao do Marc Chagal. Valeu muito. Foi a melhor exposiçao que vi pq o Chagal é um dos pintores que mais me identifico e me tocam. Vc ve um quadro dele e quando reve esse mesmo quadro ele ja ta diferente. As esplosoes de cores quentes e frias fluem na tua memoria e se diluem. E revendo agora as obras dele na net descobri que eu so vi uns 30 %. Ele viveu ate 98 anos. Necessito, quero e espero ver os outros 70 %.

Alguns que eu vi estao acima: Chagal , Anjo Caido - Judeu vermelho - Bastille - Amantes.

Marc Chagal

SONHADOR LOUCO
ROMANTICO FODA
ETERNO E LIVRE

jeudi 24 mai 2007

Italia amarga. Mais amarga que ....

Ando sem vontades. Vontade de comer, o que esta sendo otimo. Nao porque esteja gorda mas porque quero voltar a ser bem magrinha. Atualmente é dificil falar sobre isso, tem muita garota anorexica e morrendo por causa dessa obsessao pelo corpo ideal. Bom, mas esse papo é sujeito para um outro post. Agora vivo o tempo da nao vontade. Compramos um dvd portatil e posso assistir filmes todos os dias a noite. Mas durmo. Comecei a ler ha mais de quinze dias o livro O Desprezo do Alberto Moravia. Mas nao passei do segundo capitulo. Nunca mais dancei e nem fui as festas. Apesar de estar bebendo muito vinho. Todos os dias equilibradamente. O motivo da minha falta de vontades, a Italia. A Italia é um pais bontio. Uma arquitetura esplendida e uma natureza formosa. Tirando isso, nada mais funciona nesse pais. O italiano médio é mais do que burro. Os homens sao safados e tarados e nao respeitam ninguem. As cidades sao sujas e as pessoas te roubam. Em Florença onde estou, parece uma filial do Pelourinho na Bahia. Tem que se ligar senao nego te rouba. A minha doença, a nao vontade, se agravou quando constatei realmente que todos os cinemas aqui, trinta salas, so exibiam o pior do pior do cinema comercial americano e vez ou outra um filme europeu que assisti ha quatro meses atras na França. A situaçao é grave. O jovem Italiano é banal, so se interessa pela moda. Nao é ler revistas especializadas mas sim comprar, comprar. ter que seja um cinto da Gucci, uma calça Dolce Gabana e eles sao bragas. As mulheres italianas se vestem como putas. é um desfile de shortinhos e mini saias. Eu nao tenho nada contra as putas e nem as roupas sexys e sensuais. O problema que isso tudo dentro deste cenario de caos e burrice que é esse pais se torna mais um agravante do culto ao brega e feio. Agora entendo porque a Italia sempre esteve no lado errado nas ultimas guerras, é realmente incrivel. Eu nunca conheci tanta gente BURRA por metro quadrado na vida.

A salvaçao: terça feira fui a Veneza e por la o clima é melhor. Nao conversei politica, filosofia ou arte mas a cidade pelo menos respira. O fato de nao ter carros ajuda muito e tem menos turistas e o clima é sempre de fim da tarde de cidade pequena.

A sorte: Sou viciada em cinema. Gosto de conhecer e ir em cinemas das cidades em que viajo. Em veneza nao seria diferente e sai a procura de um cinema. Extiste um cinema e naquela noite de terça rolaria uma homenagem ao Pasolini. Gratuita. Beleza. Depois de um mes e meio na Italia pisei em solo de um cinema italiano. Foi bom. Eu gosto do Pasolini e esse era um filme que ainda nao tinha visto, Porcile.

Bom, vou levando. Falta um mes para o pesadelo dessa realidade italiana acabar.

lundi 30 avril 2007

Chororroro e saudade

Saudades de casa. Principalmente dos meus projetos. Preciso deles para viver. Estou começando a ter uma crise de abstinência. Mas a gente vai levando. Afinal, estou aqui para estudar, nutrir a alma.

vendredi 27 avril 2007

Diario de Choé Rosario - 29/02



Sai para comprar mais cigarros. Ta super quente e me sinto como um picolé. O plano é terminar os desenhos pra faculdade e antes do pôr-do-sol curti uma praia. Sola. Sozinha. Na esquina da minha rua com a Senador Vergeuiro vi o Tiago. Sorri e continuei andando. Estou tentando dar uma cortada total nele. O Tiago é desses carinhas completamente superficiais. Estudou direito e tem um super trampo na Petrobras. Isso faz ele se sentir o poderoso. No ano passado eu tava meio mal, deprimida. Entao dei trela pra ele. Nos divertimos, ele vinha aqui em casa e eu fazia ele assistir comigo os filmes do Pasoline, fumavamos, comiamos pipoca e as vezes um beijinho. Ele nao é o meu tipo. Apesar de nao ser nada mal e até bonito, munha amiga Beth adora ele. Ele é magro demais e homem pra mim tem que ter uma barriguinha sexy de chop. Depois das sessoes de cinema começamos a sair juntos, festas na Lapa, em Botafogo e drogas e porres. E mesmo ele send poderoso e com grana, ainda mora com os pais. Conclusao, sempre dormia na minha casa. Numa dessas madrugadas, bebados e famintos, entramos violentamene porta a dentro. Eu precisava fazer xixi e ele vomitar. Largou a pizza que segurava no sofa e foi comigo para o banheiro.Antes mesmo de transarmos ja compartilhavamos o banheiro escatologicamente. Aquela foi uma noite engrançada, depois da pizza, tomei banho, fiquei cheirosa e vesti uma camisola. Numa boa de amiga intima. Ele ficou louco, ta certo que eu dei uma provocada. Escolhi uma camisola linda, meio transparente no maior estilo Baby Doll. Se ele entendesse um pouquinho mais de cinema teria se divertido muito mais... Enfim, a noite foi longa. Ele se viciou na minha e passou a frequentar a minha casa com frequencia. Entao resolvi me afastar dele. Passo e sorrio mais nada além.

A senhora, dona do bar onde ha cinco anos compro cigarros é uma fofa. No inicio tentou me convencer a parar de fumar. Até que percebeu que seu conselho nao faria o minimo efeito, resolveu a fumar comigo e sempre me oferecia um cafézinho. Conversas divertidas e inusitadas. Ela nao tinha tido uma vida muito cheia de adrenalina e aventura. Mas possuia o dom de saber contar historias e transformava o fato mais simples num épico.

Depois do cigarrinho e cafézinho voltava pra casa. Meu reino de musica, desenho e um pouco de msn.Uma amiga ta fora, na europa e praticamente todos os dias converso com ela. Talvez ela va morar na Grecia. Ta namorando um cara, um Italiano que trabalha numa empresa. E parece que ele vai ser transferido pra Atenas. Nos tinhamos muitos planos juntas, filmes, revistas. Talvez um dia, ela volte ou eu va à grecia e role de realizar os velhos planos. Por enquanto, tentarei por o plano picolé na areia em açao.

jeudi 26 avril 2007

Imperdivel! FILME bom e de GRATIS

Foi imperdivel. Estou atrasada com essa informaçao. Mas nao tem problema, fica a dica pra dia 11 de maio com a previa do Femina Festival. E uma lista de ouro com curtas metragens de uns diretores bem legais.
Nictheroy Cine Clube - 6ª feira dia 20!

Confira a próxima sessão do Nictheroy Cine Clube, dia 20/04, sexta-feira próxima, com entrada franca:
- Tarantinos Mind (2006) de 300ml, 35mm
- Papo de Botequim (2004) de Allan Ribeiro, mini-DV
- Meu Nome é Paulo Leminski (2003) de Cézar Migliorin, dvd
- Dovè Meneghetti? (1989) de Beto Brant, 35mm
- Juvenília (1994) de Paulo Sacramento, 35mm
- O Poeta do Castelo (1959) de Joaquim Pedro de Andrade, 35mm
- Afinação da Interioridade (2001) de Roberto Berliner, 35mm
- Palace II (2001) de Fernando Meirelles e Kátia Lund, 35mm


Maiores informações pelo site do Nictheroy Cine Clube

Cine Arte UFF - Rua Miguel de Frias, n°9, Niterói/RJ
21h - ENTRADA FRANCA

Próxima sessão dia 11/05 - Especial Prévia do Femina 2007 (Festival Internacional de Cinema Feminino)

Sestri Levante ou Paraiso


Firenze num dia de sol


mardi 24 avril 2007

Pela Liberdade do Cinema Tailandes


O Cahier du Cinema deste mes publicou a carta do cineasta Thailandes, Apichatpong Weerasethakul. O novo filme do cineasta, Syndrome and a Century foi proibido no seu pais de origem porque o diretor se recusou a cortar algumas cenas do filme que a censura thailandesa considerou como um atentado moral. A carta do diretor é uma denuncia do que acontece regularmente no mundo artistico Tailandes. A produçao cinematografica tailandesa esta em ascensao qualitativa e quantitativa. Apesar de serem filmes de dificil acesso, o numero de filmes Tailandeses em festivais esta crecendo e pela internet é possivel ver muita coisa.

Achei essa inciatica do Cahier muito legal e estou repassando aqui no meu blog a carta do diretor em duas versoes, ingles e em frances.

Contra essa açao de repressao do governo Tailandes absurda e tiranica foi lançada uma petiçao que pode ser acessada aqui: http://www.petitiononline.com/nocut/petition.html


Versao francesa:


Je suis attristé par ce qui est arrivé à mon film. Toutefois, le problème n’est pas d’obtenir la sortie de SYNDROMES AND A CENTURY dans les salles thaïlandaises. Je n’ai pas l’intention d’utiliser cette occasion pour promouvoir mon travail. Mais le moment est venu de réfléchir sérieusement au fonctionnement de notre loi sur la censure, afin que les prochaines générations de cinéastes ne soient pas confrontées aux mêmes problèmes que nous, et que le public thaïlandais obtienne une véritable liberté de choix. Il est temps que nous débattions pour savoir si les films, avant d’être distribués, devraient être vu par le Conseil bouddhiste, l’Ordre des médecins, les syndicats enseignants, les syndicats ouvriers, l’armée, les défenseurs des animaux, le groupent des chauffeurs de taxi, les représentants de pays étrangers, etc. Ou s’il ne serait pas plus simple d’instaurer directement un état fascite dans notre pays, afin qu’on puisse ensuite vivre tranquillement sans perdre de temps à parler de démocratie.
Le système du Bureau de la censure thaïlandais a besoin d’être examiné. Sa composition et son efficacité doivent être mis en question, et nous devrions décider ensuite si les lois doivent êtrre modifiées.
Je voudrais vous demander de réfléchir aux pratiques dans notre pays, et de nous donner votre avis sur
http://www.petitiononline.com/nocut/petition.html
Ensuite, cette pétition sera transmise au gouvernement thaïlandais. Votre soutien compte dans notre combat pour l’un de nos droits les plus élémentaires : la liberté.
Avec gratitude pour votre attention, et mes meilleurs sentiments.

Apichatpong Weerasethakul

(Traduction : JM Frodon)


Versao inglesa:


I am saddened by what has happened to my film. However, this is not the venue to try to make SYNDROMES AND A CENTURY shown in Thai theaters. It is not my intention to use this opportunity to promote my work. But, it is time to seriously think about what is going on with our censorship laws, so that the next generation of filmmakers will not face the same problems as us, and so that the Thai audiences can truly achieve a freedom of choice.It is time we discuss whether all films, before being released, should be seen by the Buddhist council, doctors council, teachers council, labor council, the army, pet lovers group, taxi union, representatives from other foreign countries etc ? Or, is it easier to turn our nation into a Fascist state so that we can live in harmony and don’t have to waste time talking about democracy ?
The system of the Thai Board of Censors needs to be evaluated. Their members’ relevancy and efficiency needs to be questioned, and we should decide whether the laws should be changed.
I would like to ask you to reflect on the censorship practices in our country and to provide us with advice at http://www.petitiononline.com/nocut/petition.html
Later on, this Petition will be submitted to the Thai government. Your support will be a great contribution to our fight for one of our most basic rights - that of freedom.
I am grateful for your time and your participation. Thank you very much.


Apichatpong Weerasethakul

Je vote: Segolene Royal


vendredi 20 avril 2007

Sendo Rimbaud


Para Maria Galeno,


De que adianta se as outras são lindas

mas não sabem o que é a beleza,

a criação grega para distrair a monotonia.


De que adianta ser Apolineo,

se no lado inverso do espelho não se reconhece Dionisio,

a oposição, a ilusão, o erro e o desejo.


De que adianta ser perfeita,

com grana, profissão e gostosura aos vinte

mas se ainda é uma criança mimada e distante da realtà*.


Por mais perversa que seja a realidade,

o cuspe daquele namorado que te deixou,

o vomito depois dos varios porres

a indecisão, a duvida...


Seus pesadelos sempre serão sonhos

Porque é poeta.

Não tenha medo de jogar nada fora

Se quiser venda tudo e compre uma passagem para China

Ser é saber não ter, não ser e só ir.


* realidade em Italiano


Hoje é aniversario da Maria, minha amiga e parceira no blog transatlantico22. Essa poesia é meu presente de aniversario pra ela. Parabéns amiga.
Foto de uma cena do Pierrot le Fou, um filme que eu e maria amamos e é o primeiro da minha lista de filmes prediletos.

lundi 16 avril 2007

Primavera, soldi e gelato.


Enfim a Primavera chegou. E com a temperatura de um verao mais ameno. Sempre reclamei do calor infernal do Rio e sempre disse nao gostar do verao. Mas depois dessa temporada invernal na europa, mudei completamente de ideia. Meus Sonhos eram quente, necessitava do sol, do suor e da sensacao desconfortante do sol no corpo. Isso me fez pensar por que a gente e assim, nos brasileiros, peruanos, equatorianos? O SOL e a nossa maior fonte de energia. E essa sensacao de desconforto ao caminhar meio dia no sol do verao brasileiro que te faz querer ir alem e nao tem com parar e trancar no ar condicionado. A vida ta ai fora e voce tem quem ir a luta e dai todo o suor e desconforto se transformam em sensualidade. Porque e bastante sensual uma pessoa de cabelo preso ou homem de camiseta e bermuda de oculos escuros caminhando com olhinhos espremidos na tentativa de se esconder do grande astro, SOL. Simples e bem levianmente, agora pra mim, o Sol e Deus.




E o Sol me trouxe sorte. Flornca e uma cidade hiper turistica como ja tinha dito. E isso, para quem quer trabalhar e muito bom. Na semana passada eu e dois amigos conseguimos um trabalhinho de verao. Se voce fala linguas e ainda mais facil. Meus dois amigos, Ana Lia e Hector estao trabalhando no mercado no maio estilo Sofia Loren na decada de sessenta. E eu estou trabalhando de hostesse num restaurante. O trabalho e super facil, recebo os clientes apresento o menu. Estou tendo sorte por que a cidade ta cheia de franceses.




Curiosidade de Florenca: parece uma cidade americana. A cada dez pesssos aqui, cinco sao americanos.






vendredi 30 mars 2007

Ciau Bela Belo


Anhunn, eu nao estou em Sampa e nem sou paulissta. Ha quatro dias estou em Florença. A cidade é linda e tem uma coisa no ar... ainda nao descobri o que mas rola uma viagem. Pela primeira vez na vida estou dividindo apartamento. Moramos com dois italianos e um mexicano, todos super gente boa. Consegui esse ape no primeiro dia que chegamos. Nao pudiamos gastar muita grana com Hotel que aqui é carissimo. Entao fiquei o dia inteiro procurando ape e as dez da noite achei minha nova casa. Os italianos super simpaticos me receberam com café e eu dei uma sacada na casa e o que me conquistou foi o desenho hiper bem feito do lindo rosto do Jim Morisson. Os caras tem bom gosto, eles tem uma banda de blues e de qualidade. O mexicano é o nosso bambino, tem 19 anos e Fala Portugues. Incrivelmente ele conhece tudo do brasil e hoje a noite faremos brigadeiro.

Tambem estou fazendo um curso de italiano. Nao é dificil, entendo tudo falado, a gramatica e escrita sao mais diferentes do portugues, tem que estudar.

Como falo pra caramba, ha quatro dias na Italia ja posso dizer que estou falando italiano. Em casa so falamos Italiano.

Bom, Florença é a cidade mais turistica em que estive. Por ser pequena voce tem essa impressao. Sao milhares e milhares de pessoas com malas e falando mil linguas diferentes. Apesar de turistica a cidade tem uma vida propria e rolam umas coisas legais. Ta rolando um festival de curta e tem uns bares com musica boa como o Be Bop.

Ainda nao curtir a verdadeira Florença porque ainda to na fase de instalaçao mas presto me jogarei nessa cidade e nas noites de Pasolini e Antonioni.

mercredi 21 mars 2007

La ville rose

Toulouse é uma cidade linda. Geralmente é uma cidade mais quente porque que ta mais ao sul da França. Mas como o tempo ta maluco, quem chegou com a primavera foi a neve e um frio de congelar os ossos.

Chloé por Duke Elligton

Chloé se levantou para buscar mais gelo. A festa estava lotada e eu a observava de longe. Hoje, ela estava sozinha, encontrou com uns amigos mas preferiu ficar distante e se balançar sutilmente apoiada na parede sem dar muita bola pra quem estava a sua volta. Nunca tínhamos nos falado, apesar de frequentarmos os mesmos lugares. Sou do tipo sonhador, que fantasia com as mulheres. Ainda mais com Chloé, representação maáxima e carnal da mulher com que sempre sonhei. A começar pelo nome. A primeira cachorrinha de mamãe chamava-se Chloé. Assim aprendi a gostar desse nome. Se não tivesse nascido homem, me chamaria Chloé ao invés de Boris. Cresci acompanhando mamãe a toda parte. Era muito divertido. Estréias de filmes, peças, lançamento de livros. As vezes festas noturnas e loucas. Ficava calado observando minha mãe e seus amigos. Mamãe era um pouco instavel. Abandonou o grande amor de sua vida pra se casar com meu pai, que faleceu logo depois que eu nasci. Cresci distante da figura paterna diaria. O grande amor de mamãe, embora tenha sofrido com a separação, sempre voltava. É um cara legal, que a ama muito. Acho que eles ainda terminarão juntos. Desde que comecei a Universidade, levo uma vida mais independente. As vezes saímos pra conversar,eu e mamãe, para falar um pouco da vida.
A primeira vez que vi Chloé foi na miscelânia da Cinelândia. Ela estava fantasiada de colombina, vestia uma saia de filó e um top que deixava suas curvas a mostra. Ela era perfeita, violão, gostosa e sutil. Não tirei os olhos dela durante toda a noite. Ela sempre desviava o olhar. Durante todo o carnaval e em todos o blocos eu a vi. Foi durante esse carnaval também, acho, que ela começou a sair com o Vianinha, meu professor de literatura e uns vinte e cinco anos mais velho que ela. Depois dos blocos, encontrava-os no CCBB, no Cinema Estação e em festas de amigos comuns. Nunca falei muito com Vianinha. Ele era excelente professor, mas eu não concordava com suas idéias politicas. Um dia, ela veio à aula, sentou-se na última cadeira e, quando a aula terminou, ele a chamou_ Chloé. Estava pegando as minhas coisas e senti um frio na barriga_ Chloé. Sai dali com o nome latejando na cabeça. Ela com sua boca vermelha e seu jeito de diva, a colombina mais bonita da cinelândia se chamava Chloé.
Era para eu estar acompanhado, mas a maluquinha bebeu tanto na noite anterior que preferiu ficar em casa. Começamos a sair juntos há uma semana, ela é legal, bonitinha, inteligente, mas maluquinha demais. Isso as vezes me irrita, quando ela bebe fica vulgar. Na segunda noite que saimos juntos, escapei por pouco de um soco na cara ao tentar defende-la de um bebado que pensou que ela tava dando mole pra ele. Ela não era a mulher ideal pra mim mas a cinco dias transo como um coelho, me apeguei a ela.
Somos dois comprometidos e solitários esta noite. Ela está triste, quer se perder e veio pra se divertir, mas não está conseguindo. Estava na terceira dose de teachers e precisava de mais gelo. Passei por ela que segurava um copo transbordando de gelo, para ir a cozinha. No congelador, só tinha cerveja. Chloé tinha levado todo o gelo. Bom, além de poeta sou vaidoso e decidi não beber mais cerveja por causa da barriga. Iria continuar no uisque vagabundo.
_ Posso pegar uns gelos? Agora o oásis de gelo é você!
_ Hum.
Chloé, não tinha ouvido a minha cantada ridicula, sorte, eu realmente exagerei.
_ Hum, que voce quer?
_ Só umas pedrinhas de gelo.
_ Ah, tá.
_ Você tá segurando os últimos. Acabou. Na geladeira não tem mais.
_ Que bom então que consegui pegar os últimos. Acho que te conheço.
_ Eu? Não sei, não lembro de você.
_ Você é aluno do Vianinha?
_ Sou, você tambem estuda na ECA?
_ Não, eu tô no Fundão. Mas as vezes assisto umas aulas dele. Ele é maravilhoso.
_ É, ele é um bom professor, mas não gosto da postura politica dele.
_ Bom, eu não entendo nada de politica, não sei....
_ Você ainda é novinha. Mais tarde você vai entender.
_Será?
_Quantos anos você tem?
_ 21 e você?
Preferi mentir e aumentar a idade. Ao falar com Chloé, percebi que ela era dessas garotas que faziam o genero Lolita e, por isso, curtiam caras mais velhos.
_ 32.
_ E você ainda ta na graduação?
_ É a minha segunda faculdade e como já trabalho...
_ Você faz o que?
_ Faço direção de arte numa revista feminina, Miroir. Você conhece?
_ Claro, adoro essa revista. Ela é tudo que eu sou.
_ Ah é, por que?
_ Ah.....
Chloé se abriu pra mim. Falou duas horas de sua vida, de sua infância, que estava triste porque Vianinha, seu namorado, tinha ido passar o final de semana em Teresopolis com a ex mulher e a filha adolescente.... Ela tinha uma voz tão doce e os olhos brilhavam quando falavam de suas idéias. Ela queria montar uma grande exposição de artes plásticas na cidade. Queria viajar pra França. Aprender arabe. Seu maior sonho era trabalhar numa revista com ilustração porque achava glamouroso.
As pessoas estavam cada vez mais bêbadas. A comida tinha acabado e eu precisava comer pra dar uma cortada no alcool. O negócio é que aqui em Santa Teresa a essa hora tudo está fechado, até a barraquinha de Dona Neusa, onde eu poderia comer umas empadinhas. Seria sujo o que eu iria fazer mas...
_ A minha mãe é a editora e dona da Miroir.
_ Verdade?
_ É.
_ Não acredito. Queria conhecer a tua mãe, ela deve ser fantástica.
_ Eu to com um pouco de fome e aqui não tem mais nada pra comer. Você não toparia ir na minha casa. É aqui perto. A gente come alguma coisa e eu te mostro os primeiros numeros da revista.
_ Tá, vamos. Caramba, falei tanto que nem perguntei o teu nome.
_ Vianinha e o seu?
_ Chloé.
Cheguei em casa com a boca seca e um azedo corroendo meu estômago. Deixei Chloé na sala, olhando os quadros e as revistas e fui preparar algo para comermos. Quando voltei, Chloé estava maravilhada com a casa, os quadros, livros e revistas, fotos do mundo inteiro. Disse que era a casa dos seus sonhos. Comemos e falamos sobre a vida. Eu estava esperando a hora certa. Depois que escovei muito bem os dentes, chamei-a ao escritório de minha mãe. Era um dos lugares da casa que eu mais gostava. Eu sempre vinha aqui pra escutar música. Mamãe tinha uma vitrola daquelas portateis da decada de 50 que comprou em Paris e uma centenas de vinis de blues e rock.
_ É um sonho a tua casa, essa vitrola, meu deus. Tua mãe deve ser que nem uma atriz de filme.
_ Verdade. Mamãe parece uma diva, a Monica Bellucci.
_ Essa vitrola funciona?
_ Funciona muito bem, vou por um disco.
Desde que ouvi pela primeira vez o seu nome, ja sabia qual musica iria colocar pra ela. Chloé estava sentada no divã vermelho e esse era o fundo perfeito. Seus cabelos negros com sua pele branca se destacavam e seus labios levemente rosados e fechados indicavam que ela viajava. Ela viajava na nossa historia, na historia de mamãe e que ela sem saber tambem fazia parte, o seu nome.
_ Chloé! Que legal, nossa não conhecia. Não sabia que existia uma musica com o meu nome.
_ É linda,né? É do grande Duke Ellington. Você quer beber alguma coisa?
_ Você tem uisque?
_ Tenho, você quer?
_ Quero, acho que é o mais apropriado, não? Seria perfeito.
O dia amanhecia, fechei todas as janelas e acendi os abajures. A música estourava as caixas de som e Chloé me olhava fascinada e distante. Essa seria uma aurora de sonhos e luxuria.
_ Com gelo ou sem gelo?

jeudi 8 mars 2007

"tem que acontecer alguma coisa meu bem"


Enquanto no velho mundo tudo que acontece é o esperado e acreditem em mim, as coisas por aqui sao muito mornas, os bares fecham cedo e quase todo jovem de cabelo vermelho é meio careta ou se diverte como um bobo.

Enquanto da terra dos indios pelados, das cidades de pedra calorentas e cheias de verdes onde existem bares que ficam abertos durante toda a madrugada, nao tem muita gente de cabelo vermelho mas tem muita gente fazendo muita coisa legal. E como disse os poetas Pessoa, o messias da Arte vira de um pais subdesenvolvido e o como disse o outro poeta atlantico oeste, Gular, Vanguarda e Subdesenvolvimento. É isso ai, no Brasil ta acontecendo muita coisa legal, imperdivel, arte na veia, veneno contra o tedio.


Uma das companhias mais legais de teatro do Brasil, a Cemiterio dos Automoveis do Mario Bortolotto ta fazendo 25 anos. Ja assisti umas peças deles e sempre quando posso me desloco do Rio para Sao Paulo para beber dessa fonte. A comemoraçao acontece com uma retrospectiva de algumas das peças da companhia. Pra saber mais clica nos blogs ao lado do Mario Bortoltto ou no da Fernanda D`Umbra.



Começou no dia 6 de março no Centro Cultural Sao Paulo..

As sessoes acontecem de terça a sabado, as 21h, e, aos domingos, as 20h. Os ingressos custam R$ 15.

Mas quem enviar um email para cemiteriodoautomoveis@uol.com.br
paga meia entrada nas peças do grupo.


Le vrais Carnaval de Rio

E os meus lugares, IFCS, Praça XV..............Fotos do Justo D`Avila

mercredi 7 mars 2007

Poema II

Tudo esta distante
todo mundo um dia
pensou em se matar
em dias sem cor
quando a garganta arde
e o coraçao vazio voa

Faço as malas e resolvo partir
a merda ja foi feita
e nao tem como voltar
mesmo se o dia se colore
serao outros, nove novos

O furo persiste em te maltratar
é a tua cabeça, a tua cabeça
que impulsiona o teu coraçao
rumo ao nada do dia sem cor
ao mar vermelho da poça de sangue
de um quarto vagabundo de hotel

Todo mundo um dia pensou em se matar
uns se matam
e outros matam.


Inspirado pelo livro O Ultimo Tango em Paris que nao deixa a cada pagina de me impressionar. O livro é muito bom, cada personagem foi muito bem criado e se complementam perfeitamente.

Estamos com um blog so de poesia, eu e a Maria, ja disse isso mas vale repetir,
transatlantico22.blogspot.com

Pra mim ta sendo muito bom voltar a escrever poesia. Durante muito tempo so escrevia poesia e fui perdendo, esfriando. To tentanto recuperar a mao.

mercredi 28 février 2007

Leituras

L'image « http://www.shakes.cz/data/var/covers/10501.jpg » ne peut être affichée, car elle contient des erreurs.Comecei o ano lendo um livro que comprei por cinquenta centavos de euro num sebo no Bd. Saint Michel em Paris. Era o livro de contos Breakfast at Tiffany`s do Capote. Esse foi o primeiro livro que li dele. Nao foi ele quem me levou ao livro foi o filme.Audrey Hepburn é uma atriz que gosto muito e este ano a moda street do inverno parisiense foi toda nspirada nela.
Quando vi o livro pela bagatela equivalente a um real nao pensei duas vezes. Ha algum tempo venho me dedicando a ler livros que se tornaram filmes.
Breakfast at Tiffany`s é o nome do primeiro conto que abre o livro. Sao umas 70 paginas que te intrigam. No cinema a historia ficou bem mais glamourosa mas no papel impresso a historia é mais pesada, meio policial, intrigante e é tambem uma denuncia da sociedade americana da época( ele escreveu o livro em 1958). Os outros tres contos tambem abordam a tematica da pobreza de determinadas partes da sociedade americana.
Truman demonstra se importar principalmente com o que acontecia no interior do pais, isolado do progresso da Big apple e muito pobre.
Holly Golightly, a personagem principal da historia de BT,é uma menina que veio do interior para NY tentar a vida como modelo, ou atriz, ela acaba por decisao propria nao fazendo nehuma das duas coisas e se envolve com um mafioso italiano que esta preso. Toda semana ela visita o mafioso e em troca desse pequeno favor recebe 100 dollares por visita. Holly vive cercada por homens ricos e mulheres duvidosas. No seu apartamento recebe constantemente convidados e é totalmente obcecada pelo mundo do luxo. A personagem aparentemente superficial ganha densidade e se torna mais humana pelo olhar do jovem vizinho, um escritor que se torna seu amigo. Ele é o personagem que ajuda a desvelar a alma e a verdadeira identidade de Holly. Bom, o conto surpreende. Nao é o melhor do melhor, mas ainda é bem mais interessante que o filme e vale a pena descobrir Truman por esse livro. Apesar de Breakfast at Tiffany`s ser o melhor conto do livro e é por isso que eu so falo dele, ele tem um problema que tambem tem os outros contos, parece inacabado, o final deixa um pouco a desejar.

Ahah, e assim nasceu o meu blog.


II

Estou lendo três livros agora. Um deles é o Lècume des jours do Boris Vian mas ainda nao consegui entrar no clima da historia entao ta sendo um pouco dificil. Para driblar a dificuldade com Vian e desanuviar comecei a ler Little Birds da Anais Nin, esse é o segundo livro que leio dela. O primeiro foi Delta de Venus, li durante uma viagem que fiz à Pernambuca, estavamos em Triunfo era final de 2001, a experiencia foi valida, queria ler a Anais porque nessa época estava apaixonada pelo Henry Miller, tinha acabado de ler Nexus. Disse que valeu a pena porque nao gostei muito do livro. Na verdada queria reler porque ele ta bem longe na minha memoria. E agora, Little Birds. Foi ele, o livro que praticamente soltou pra cima de mim, estou relendo Anais mas existe um detalhe, estou lendo em inglês. Essa é a primeira leitura que faço em inglês. Estou acostumado e adoro ler em francês, ja li em espanhol, Mi Putas Tristes e filosofia mas em ingles é a primeira vez. Nao to com pressa mas to digerindo um conto por vez. To percebendo que o legal da literatura da Anais é a falta de pudor e ate to querendo pesquisar sobre ela e o seu contexto historico e politico principalmente quando estava no USA. é realmente incrivel,os contos sao todos eroticas e els realmente te despertam erotismo, as cenas de sexo nem sao tao selvagens ou... mas os personagens e as relaçoes humanas... é coroa que tenta seduzir criança, é pai com filha, irmao com irma e o basico do mulher com mulher e traiçao. Lendo o livro fico boba como a sociedade americana paranoica,principalmente com a pedofilia, encarou a Anais. What else? Little birds é gostoso de ler, leiam mas em inglês.

The End,
L'image « http://www.bergen-filmklubb.no/images/Siste_tango_i_paris.jpg » ne peut être affichée, car elle contient des erreurs.

Ontem a noite comecei a ler O ultimo tango em paris. O meu primeiro contato com esse livro foi ha uns oito anos atras. Estava em Ouro Preto no festival de inverno e tinha levado pra ler Viagem ao Oriente, um livro que quase ninguem conhece do Hermann Hess. Eu tambem nao conhecia, comprei de bobeira num sebo e levei pra viagem. O negocio é que esse livro nao foi uma boa escolha para o momento. Em meio a festa e loucura do festival de ouro preto eu inventei de viver uma historia de amor e ainda sofrer. Por um certo tempo, quase no fim do livro e enquanto a minha love story dava certo, eu encarei as paginas amareladas mesmo a historia sendo um pouco cansativa. Até que minha LS nao deu mais certo e o livro começou a me deprimir e muito e eu me vi obrigada a parar faltando cinco paginas pra terminar de ler. Nao queria ficar sozinha, digo nao podia ficar sem uma leitura amiga naquele momento de sofrimento, enato resolvi ir no unico sebo da cidade, na epoca, pra trocar o Viagem ao Oriente por outro livro qualquer. Com o que valia o desconhecido do Hesse consegui ficar na duvida entre uns outros livros e encontrei o Ultimo Tango em Paris, li as primeiras paginas e vi que era exatamente o que eu procurava. Sai sorrindo contente e me sentindo salva. Nem esperei chegar em casa e fui lendo e andando e ops. Esbarrei num estrangeiro, hippe muito bonito. Pedi desculpa e continuei. Naquela noite me recuperei de todo sofrimento, botei o livro de lado e sai. Vivi uma outra historia que tambem nao deu certo e até hoje nao sei o que aconteceu com O Ultimo Tango em Paris que eu nao passei das dez primeiras paginas e sumiu.

Ontem, achei uma ediçao francesa dele e to achando bem melhor que a traduçao brasileira que eu tinha. O livro é legal.

Transatlantico 22

Eu e minha amiga Maria fizemos um blog de poesia: transatlantico22.blogspot.com

O objetivo é pra que seja de poesia mas se os deuses nao permitirem e caso nos, as musas, quisermos fazer outra coisa, o blog ta la!

vendredi 23 février 2007

Poesia I

nunca vi em foto pessoas tristes,
so pobres ou felizes.
durante anos me iludi olhando essas imagens
pra mim um nada distante em carne do que é.

minhas peliculas quase sempre queimavam
quando nao, eu as rasgava.
estava sempre triste.

sai a procura das pessoas alegres das fotos.
as delas davam certo,
as delas eram digital.

na promoçao de supemercado
peguei a mais barata.
sorte era dia de sol,
muito moleque no chafariz,
velho pedindo esmola.

do onibus lotado ficaram essas imagens la de fora.
na praia, o mar, eu, ele, eles,
dentes tao amarelos como a areia.
a nicotina se enterrava e as ondas iam,
posso dizer que nesse momento eu estava feliz.

como todo mundo, abri um fotolog
cem fotos da digital de uma vez
mas apenas uma ficou boa.
a que bateu sozinha dentro da bolsa
no meio do aperto e dos suvacos no onibus lotado.

jeudi 22 février 2007

Brasilsilsillllllllllllllllllll

O novo filme de Claudio Assis, Baixio das Bestas foi premiado juntamente com outros três filmes no Festival de Roterda. O filme que foi exibido pela primeira vez no final do ano passado no Festival de Brasilia e ganhou o premio de melhor filme do festival além de outros cinco para melhor atriz protagonista e coadjuvante, ator coadjuvante, trilha sonora e o premio da critica, parece que veio realmente pra marcar assim como foi o primeiro filme de Assis, Amarelo Manga que muita gente gostou ou odiou. Baxio das bestas que é recheado de cenas fortes e cruas de sexo se passa na zona da mata pernabucana e como disse o proprio Assis em entrevista "o objetivo do filme é falar de uma regiao onde voce cresce nada e continua ninguem". Toda a crueza e crueldade plastica do filme é regida por uma trilha sonora barbara criada por Pupilo da Banda Naçao Zumbi. O intrigante é a midia nao estar divulgando muito ou diria quase nada o ultimo premio do cineasta em Roterda sendo um dos mais importantes festivais de cinema do mundo juntamente com o de Berlin, Cannes e Veneza. A unica matéria que encontrei foi no site de outro cineasta pernambucano, Kleber Mendonça Filho que tambem esteve em Roterda para apresentar uma coletanea de sua obra na mostra Foco Especial.

Sobre o prêmio : O Festival de Roterda costuma dar três prêmios, o Tiger, sem colocaçao de primeiro, segundo ou terceiro lugar. O Baixio das Bestas ficou com um quarto prêmio criado excepcionalmente este ano pelo festival. Assis dividira com o outro filme ganhador o prêmio em dinheiro de dez mil euros e os dois filmes serao divulgados no canal publico da tv holandesa que também faz parte do pacote do prêmio.


Pia Marais, Claudio Assis, Tan Chui Mui en Morten Hartz Kaplers. Foto: Bram Belloni


mercredi 21 février 2007

Matei o livro e agora vou ao cinema

Captulo I

Daniel Galera pra mim era um nome de um escritor que tava sendo bastante falado pela net e so. Ainda nao tinha lido nada dele até que resolvi ler o seu primeiro romance, Até o dia em que o cao morreu. Meu desejo de ler o livro nasceu da curiosidade e espanto de saber que tano o escritor como o personagem do livro um futuro escritor se relacionavam com uma modelo. Achei otimo e incrivel, pra mim isso era um fato novo e super glamouroso. Por mais que na historia do mundo existam outros casais do tipo, tal como Miller e Marilyn, isso ainda era um fato novo pra mim. Talvez eu ainda estivesse muita presa ao estereotipo do escritor muito timido, as vezes feio, casado com sua secretaria datilografa... Mas disso nada importa. Enfim, eu li o livro. Comprei um dos ultimos exemplares pela net diretamente com o escritor. A historia começa com um cachorro e a narrativa te deixa apaixonada pelo cao vira lata que aparece do nada e assim aos poucos Galera vai apresentando os outros personagens, o zelador e a modelo. A historia é sobre o encontro de dois jovens e seus anseios, um homem e uma mulher. O homem ta angustiado porque nao tem um emprego, nao sabe o que fazer da vida e a mulher ta a mil com as possibilidades de trabalhar como modelo que estao surgindo pra ela. Isso é bastante humano, e pontual no caracter de homens e mulheres. Os homens sao mais pessimistas que as mulheres. Em menos de cem paginas o leitor navega nesse mundo de sentimentos, é um navegar tranquilo pelas palavras sinceras do autor e voce termina de ler como se tivesse acabado de beber um copo d`agua, satisfeito.

Capitulo II

O livro virou filme. Os diretores Beto Brant e Renato Ciasca uma dupla dinamica do cinema brasileiro, juntamente com o escritor Marçal Aquino adaptaram a historia para a sétima arte. As informacoes indicam que o filme estreia nos cinemas em abril. Esse é o quinto longa de Beto Brant sendo o segundo que ele dirige junto com o Renato Ciasca e eu acho que sera um filmao. Por que? É uma historia de amor sem ser piegas e isso falta no cinema brasileiro. E sendo o Brant e o Ciasca os autores, acredito que as cores e as musicas da pelicula nos farao embarcar numa viagem estética alem da carne.

Voilà:


jeudi 15 février 2007

Oh eu aqui de novo............

Bom, esta é a minha terceira tentativa de blog. Tenho esquecido a senha e o meu email login. Mas daqui pra frente tudo vai ser diferente..........

Esse blog foi especialmente criado pra eu matar a saudade dos meus amigos que estao no Brasil. É a forma de conversar com eles tudo que eu tenho pensado. Principalmente com minhas amigas maluquinhas,a Camila e a Maria. O bom de ficar longe da sua terra natal é que quando vc volta, volta com tudo. Vou fazer uma big festa, ja ta avisado.

Ultima hora. Ainda estou em Clermont Ferrand, cidade do Festival Internacional de Curta Metragem que acabou dia 3 de fevereiro. Este ano seis curtas brasleiros participaram do Festival, quatro ficçoes e duas animaçoes. Uma das animaçoes Tyger do Guilherma Marcondes ganhou duas mençoes honrosas e foi muito merecida porque é muito boa. Os outros curtas eram Beijos de Sal do Fellipe Barbosa, Uma vida ou outra do Daniel Aragao, Yança (animaçao) do Eduardo Nogueira, Superheroi fora de serie do Ale Machado e um experimental que esqueci o nome do Denis( em breve notifico).
A qualidade dos curtas brasileiros era muito boa, infelizmente nehum levou o premio mas mais legal do que levar o premio é participar desse festival que é o maior e mais importante do mundo de curtas. Paralelo a mostra acontece o mercado do filme onde compradores e distribuidores fazem contatos e compram os curtas. O mercado do curta coexiste graca aos festivais e alguns poucos programas de tv. Um dos maiores premios de Clermont é o premio do Canal Plus de tv. Ele compra o seu filme pra exibi-lo na tv francesa e espanhola. Acho o Canal Plus um bom exemplo pra outras tvs do mundo inteiro se espelharem. O curta metragem talvez seja um dos meios mais modernos de comunicaçao de arte, por ser curto ele se adapta perfeitamente aos dias atuais de correria e falta de tempo dos terrenos. Legal ver no festival a independencia cada vez maior do curta com o longa. Muita gente encara o curta como o começo de carreira, um trampolim para realizacao de longas e durante o Festival a gente percebe que a qualidade tem ficado cada vez maior e que é possivel fazer uma historia densa e mais profunda num curto espaço de tempo. Nao queria deixar de falar de um dos curtas que abriram o festival, O casamento de Clovis do ator e cineasta Daniel Duval. O curta é um documentario que se passa no suburbio ainda quase que rural de Paris em 69. Em preto e branco acompanhamos os preparativos do casamento de um jovem dono de um ferro velho. O bonito do filme é ver a sensibilidade com que Duval capta a beleza em meio a sujeira e a falta de recursos dos personagens reais. Essa beleza vem dos sentimento dos personagens que estao prestes a casar. O documentario mesmo nos confunde parecendo ser uma ficcao a la Godard. Dele entedemos a veracidade dos tipos criados pelos cineastas da Nouvelle Vague. Nao posso deixar de ressaltar o vestido da noiva, simples e bontio alem de super atual, curtinho na altura das coxas.